Alberto Almeida Carneiro nasceu em São Mamede de Coronado, concelho da Trofa, a 20 de Setembro de 1937.
Em 1947 iniciou a sua aprendizagem artística como imaginário, numa oficina de santeiro, na qual trabalhou durante 11 anos. Fez, entretanto, os estudos liceais, frequentando o ensino nocturno na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, no Porto, e na Escola António Arroio, em Lisboa.
Em 1961 voltou ao Porto para estudar Escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Depois de concluída a licenciatura em 1967, partiu no ano seguinte para Londres onde frequentou uma pós-graduação na Saint Martin's School of Art (1968-1970). Aqui foi aluno do escultor britânico Anthony Caro (1924-) e do seu mais famoso discípulo, Philip King (1934-). Entre 1975 e 1976, anos em que estudou as formas e os procedimentos estéticos resultantes do amanho da terra, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Estreou-se a expor ainda nos tempos de estudante: colectivamente, em 1963; a título individual, em 1967, na ESBAP.
A sua actividade artística teve início na década de setenta. Foi professor de Escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (1972-1976), assumiu a direcção pedagógica e artística do Círculo de Artes Plásticas da Universidade de Coimbra (1972-1985) e leccionou na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (1985-1994).
A sua actividade artística teve início na década de setenta. Foi professor de Escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (1972-1976), assumiu a direcção pedagógica e artística do Círculo de Artes Plásticas da Universidade de Coimbra (1972-1985) e leccionou na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (1985-1994).

Dedicou-se, também, ao estudo da Psicologia Profunda, do Zen, do Tantra e do Tao, matérias sobre as quais leccionou cursos, proferiu conferências e escreveu. Recebeu a influência da "poética da matéria", do filósofo e ensaísta francês Gaston Bachelard (1884-1962).
Ao longo da sua carreira fez inúmeras viagens de estudo. Em 1968 viajou até à antiga Jugoslávia, Áustria e Alemanha. Nos anos setenta visitou Moçambique, Angola, Brasil e, pela primeira vez, Itália, país onde regressaria em muitas outras ocasiões. Na década seguinte prosseguiu o seu ciclo de viagens pela Europa (Jugoslávia, Bulgária, Turquia, Grécia, etc.), pelos Estados Unidos da América, por Marrocos, tendo passado uma temporada nas cidades de Praga e Budapeste. Nos anos noventa viajou pela Índia, Nepal, China e Japão, onde buscou o aprofundamento dos seus conhecimentos sobre o Hinduísmo, o Taoismo, as manifestações tântricas e Zen e jardins.




A este escultor foram atribuídos variados prémios e distinções, entre os quais se contam o Prémio Nacional de Escultura (1968), o Prémio Nacional de Artes Plásticas da Associação Internacional de Críticos de Arte (1985) e o Prémio de Artes do Casino da Póvoa (2007), galardão composto por uma recompensa pecuniária, pela aquisição de uma escultura do premiado ("Sinais e Sabedoria da Floresta", de 2000-2001), e ainda pela publicação da monografia "Alberto Carneiro – Lição das Coisas", com texto de Bernardo Pinto de Almeida e direcção artística de Armando Alves.
Representado em numerosos museus e colecções, no país e no estrangeiro, Alberto Carneiro vive e trabalha na sua aldeia de origem.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2010)
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2010)